O Conselho Regional de Economia de Goiás promoverá, no período de 20 a 22 de agosto, a Semana do Economista, que compreenderá uma série de atividades dentre elas ciclo de palestras, entrega da premiação aos vencedores do Prêmio Goiás de Economia (categoria monografia), lançamento de livros, entrega da Medalha do Mérito Econômico e de placa de homenagem ao estudante do ano e momento cultural. O ciclo de palestras debaterá sobre o Desenvolvimento Econômico Regional. Acontecerá no auditório da ACIEG sempre no horário das 19h00 às 22h00. A palestra de abertura do dia 20/08 terá como palestrante o Economista e Senador Aluísio Mercadante. Para mais informações: (62) 3218-3311 Maiores detalhes: www.corecon-go.org.br
quinta-feira, 28 de junho de 2007
Semana do Economista
quarta-feira, 27 de junho de 2007
Economia: Fundamentos e Práticas Aplicados à Realidade Brasileira

O presente livro reúne, no mínimo, três importantes virtudes: primeiro, apresenta de forma simples e precisa os conceitos e métodos de analises essenciais a tratar as principais questões econômicas; segundo, os capítulos foram formulados por professores com expressivas experiências didáticas nas respectivas áreas e com formações teóricas distintas; terceiro, o livro procura aplicar os conhecimentos teóricos abstratos das Ciências Econômicas ao tratamento de fenômenos inerentes à economia brasileira. Com as características ressaltadas, a obra torna-se essencial para o ensino introdutório de economia a estudantes de ciências humanas e exatas.
Maiores detalhes entre neste site:www.atomoealinea.com.br/livro.asp?livro_cod=8575161202
domingo, 24 de junho de 2007
PRÊMIO GOIÁS DE ECONOMIA 2007
Maiores detalhes entre no site: www.corecon-go.org.br/index.html
XXXIII ENCONTRO NACIONAL DOS ESTUDANTES DE ECONOMIA

ENCONTRO NACIONAL DOS ESTUDANTES DE ECONOMIA
UM PROJETO PARA O BRASIL
PROMOÇÃO: FEDERAÇÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES DE ECONOMIA
REALIZAÇÃO: CENTRO ACADÊMICO DOS ESTUDANTES DE ECONOMIA DA UNICAMP
PARCERIA: BOMSENSO TURISMO
PERÍODO: 22 A 27 DE JULHO DE 2007
LOCAL: CAMPINAS – SP. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
APOIO:
DIREÇÃO DO INSTITUTO DE ECONOMIA DA UNICAMP
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
SOCIEDADE BRASILEIRA DE ECONOMIA POLÍTICA
CONSELHO REGIONAL DE ECONOMIA DE SÃO PAULO
FEDERAÇÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES DE ECONOMIA
SOCIEDADE DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E SANEAMENTO S.A.
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO EM ECONOMIA
FACAMP - FACULDADES DE CAMPINAS
Site: www.eneco2007.org/tudo.html
Contato ENECO : contato@eneco2007.org
sábado, 23 de junho de 2007
Paradigmas Industriais – Cooperação e Competitividade
O atual desenvolvimento capitalista, caracterizado, de um lado por convergir a uma crescente internacionalização nas várias esferas das atividades da grade empresa e, de outro, por evidenciar e reforçar os benefícios auferidos através das aglomerações setoriais e territoriais de atividades produtivas, evidência a necessidade de reflexão em prol de um debate sobre o desenvolvimento regional.
Obter bons resultados neste novo mercado é preocupação fundamental de pequenos e médios empresários e, objeto de vários estudos setoriais nos ramos das ciências sociais aplicadas.
A ênfase destes estudos recai sobre como a organização dos sistemas contemporâneos de produção afeta os relacionamentos entre as empresas, como o propósito não só de entender a atitude interativa dos sistemas de inovação, mas também a diversidade existente entre os arranjos, que, de uma forma ou de outra, geram a cooperação entre as firmas.
Pequenas e médias empresas (PMe’s), trabalhando isoladamente, dificilmente conseguirão atender a uma grande demanda de mercado.
Contudo, se as PMe’s de determinado nicho de mercado, se organizassem de forma a atuar neste mercado cooperando e trocando experiências entre si, uma nova indústria se formaria, com capacidade de atender maiores demandas de mercado. Fato que ampliaria a lucratividade da coletividade e, com isto os investimentos no setor.
Todavia, esta não é uma idéia nova, pode-se encontrar estudos onde retoma-se à análise de Alfred Marshall dos distritos industriais na Grã-Bretanha
Marshall (1920) destacou as economias que “frequentemente podem estar adquiridas pela concentração de muitos pequenos negócios, de caráter similar, em localidades determinadas”.
Este autor refere a tais ganhos como “economias externas” e os vê como particularmente relevantes para as pequenas firmas, em sua definição sobre economias internas e externas, deixando suficientemente claro que os conceitos de economias externas não estão amarrados à proximidade geográfica.
Os Arranjos Produtivos Locais (APL’s), formados por PMe’s, existe uma cooperação entre ambas, porém não deixa de lado a competição entre elas, sendo que mesmo dentro de tal coletividade, é importante não se esperar uma ilha de unidade e solidariedade, pois o processo interno de uma APL se dá com empresas que crescem e decrescem.
Ao entendermos melhor o processo de uma APL, podemos destacar dois problemas comuns existentes em sua formação, que diz respeito à competitividade vertical e competitividade horizontal.
Na vertical, as firmas compram produtos e serviços através do mercado normal, cada empresa por si própria, sendo que neste ponto pode-se ir da exploração pelo mercado à colaboração estratégica entre as PME`s.
Já na horizontal, podemos observar maiores conflitos, pois os produtores competem freqüentemente por encomendas. Observando entes dois conflitos básicos, podemos observar que, ao formarem-se APL`s, não há ausência de competição, mas sim uma colaboração entre firmas para que assim possam buscar atender demandas externas, diminuindo o espaço geográfico entre o mercado externo e produtores de pequeno porte, conforme Segemberger e Pyke (1991), “o problema de muitos pequenos produtores, não é seu tamanho, mas estarem isolados”. Essa distância entre o produtor e mercado externo é o ponto que as APL`s procuram diminuir.
APL`s são caracterizados pelas fronteiras entre firmas serem frequentemente flexíveis, a relação entre elas é caracterizada tanto pela competição quanto pela cooperação, confiança e reciprocidade, cooperação inter-firmas; competição interfirmas determinada pela inovação; troca de informações baseada na confiança socialmente construída; organizações de apoio ativas na oferta de serviços; e parceria estreita com o setor público local.
Na formação e continuidade sustentável de uma APL`s, iniciou-se uma preocupação substancial sobre a participação do governo, principalmente na fase “incubadora”, pois via-se a necessidade de investimentos iniciais em tecnologias, capacitação profissional, facilidades a crédito, incentivos fiscais para as pequenas empresas, organização de eventos comerciais para que haja incentivo em produzir, lembrando que as feiras comerciais possuem um efeito catalisador, uma vez que um produtor recebeu uma encomenda, os outros produtores se esforçaram mais para conseguirem uma maior inserção no mercado e com isso incentivando também novas idéias de como produzir, basicamente um efeito multiplicador na economia local.
Voltando para o nosso país e já ousando uma visão microeconômica, citando o Estado de Goiás, podemos observar que, o crescimento da economia seria melhor e com maior rapidez através de PMEs, porém o nosso incentivo interno ainda está a quem do almejado, dentre as várias dificuldades dos nossos pequenos produtores podemos citar a falta de informação, a dificuldade no acesso a novas tecnologias, a grande carga tributária, e o grande número de empresas em situações irregulares por diversos motivos.
Podemos observar que existe uma grande necessidade de investimentos e ao mesmo tempo reformulações industriais, porque apenas com os pequenos produtores industriais, através de APL`s bem formadas e equipadas com alta qualidade de TIs (tecnologia de informação), cooperação e competição adequada poderíamos incentivar os pequenos centros.
Tudo isso é possível se fizermos com que a economia local desenvolva, deixando condições suficientes para as PMEs sobreviverem e terem espaço no mercado externo, através da unidade entre vários PMEs, basicamente incentivando o efeito multiplicador, consequentemente aquecendo a economia e desencadeando um crescimento econômico a partir de muitos pequenos negócios de caráter similar em localidades particulares denominados APL`s.
Autor Renato Alberto Pires Lopes - Orientador: Inimá Índio do Brasil Júnior
sexta-feira, 22 de junho de 2007
CONFRATERNIZAÇÃO ENTRE ALUNOS E PROFESSORES - UNIFAN 2007
O evento ocorrerá no LAGO VERDE, lembrando que a UNIFAN disponibilizará um ônibus para levar os interessados ao local.
Essa confraternização além da questão de maior proximidade entre alunos da Unifan e demais colegas, visa também a redução de custos no que se diz respeito a ida ao XVII Congresso Brasileiro de Economistas, a ser realizado em Porto Seguro - BA.
Contamos com a presença de todos.
Ingressos antecipados com o Prof. Inimá ou Acadêmico Renato Lopes - CA
Contribuição: R$ 5,00 (entrada)
Obs.: É permitida a entrada no local com alimentos e bebidas.
Renato Lopes - Pres. CA - Unifan
RELATÓRIO DE ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELA COORDENAÇÃO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS NO 1º SEMESTRE DE 2007.
Ao longo do primeiro semestre de
Para tanto, o diagnóstico realizado partiu da constatação que já existe uma estruturação do Curso de Ciências Econômicas em curso, a qual iniciou em 2005 com a discussão do novo projeto político pedagógico do Curso e a reestruturação da grade curricular. Deste modo, o foco delineado neste primeiro semestre foi fortalecer a imagem da Instituição UNIFAN e do Curso de Ciências Econômicas no ambiente externo da Instituição de Ensino e para a sua concretização foram traças as seguintes metas em conjunto com o CA/UNIFAN:
1. Reestruturação do Centro Acadêmico do Curso de Ciências Econômicas que teve por objetivo servir de canal de comunicação entre a Coordenação e os discentes de economia;
2. Participação na palestra promovida pela ACIAG e Banco do Brasil que rendeu uma parceria entre a empresa Júnior do Curso de Ciências Econômicas e Administração de Empresas da UNIFAN. Esta parceria facilitará a aplicação dos conhecimentos teóricos adquiridos pelos discentes de Economia nas empresas micro, pequena e de médio porte de Aparecida de Goiânia;
3. Implementação do CORECON ACADÊMICO na UNIFAN que tem por objetivo ampliar a participação do discente nas atividades desenvolvidas pelo Conselho Regional de Economia. Desta parceria já foram realizados dois cursos de treinamento profissional para os alunos (Gestão de Finanças Pessoais e Gestão e Análise de Custos) sendo que existe uma agenda prévia para a realização no primeiro sábado de cada mês de novos cursos profissionalizantes;
4. Visita ao Conselho Regional de Economia do Distrito Federal e ao Banco Central do Brasil. Estas visitas tiveram por objetivo estreitar a relação entre teoria e prática, pois os alunos viram e discutiram in loco como o Banco Central instrumentaliza e aplica suas políticas monetárias e cambiais;
5. Visita à Bovespa e à Bolsa de Mercadorias e Futuros (BMF)
6. Participação dos discentes do Curso de Ciências Econômicas nas palestras promovidas pelo CORECON/GO referente a questões relacionadas ao desenvolvimento econômico e social do Estado de Goiás.
Já no âmbito específico da UNIFAN, a Coordenação de Economia em conjunto com o Centro Acadêmico promoveram as seguintes atividades:
1. Realização de uma palestra com o professor e consultor de Recursos Humanos Eduardo Corselli sobre elaboração de currículo vitae e estratégias para a realização de entrevistas de emprego;
2. Palestra para os discentes das turmas CEN2 e CEN3 sobre a Dinâmica do Setor Sucroalcooleiro Goiano, a qual foi ministrada pela professora Karine Cristina Ferreira;
3. Elaboração da metodologia para a discussão do projeto político pedagógico do Curso de Ciências Econômicas com os discentes e os docentes. Esta discussão tem por objetivo ajustar o ementário das disciplinas para que não haja sobreposição de conteúdo programático entre elas;
Para o próximo semestre o objetivo será aprofundar a discussão do projeto político pedagógico do Curso de Ciências Econômicas.
XVII Congresso Brasileiro de Economistas

O desempenho da economia brasileira tem estado abaixo do potencial de base material do País e das necessidades do povo.O debate sobre políticas e reformas econômicas precisa ser enriquecido com reflexões quanto à seguinte questão: Para onde está indo a economia brasileira?
Os economistas têm a responsabilidade e o conhecimento técnico que lhes permitem contribuir para a discussão a respeito das trajetórias futuras do País.Há um acúmulo significativo de conhecimento sobre políticas e reformas econômicas.E, entre os economistas, as divergências refletem não somente concepções técnicas diferentes quanto à execução de medidas específicas de política econômica, mas também valores, ideais e projetos de desenvolvimento distintos.
As alternativas estratégicas não se esgotam nos modelos básicos: nacional desenvolvimentismo, neoliberalismo, social-liberalismo e ruptura e transformação.Entretanto, estes modelos abrem espaço para se discutir temas de grande relevância como, por exemplo: crescimento econômico, distribuição de riqueza e renda,papel do Estado, planejamento, políticas setoriais, finanças publicas, financiamento, acumulação de capital, infra-estrutura, progresso técnico, emprego e mercado de trabalho, mercado interno, pobreza, desenvolvimento regional, estabilização macroeconômica, políticas macroeconômicas, vulnerabilidade externa, comercio exterior, capital estrangeiro e integração regional.
Trajetórias de Continuidade ou de Transformação?
Painéis:
Painel 01 – Nacional Desenvolvimentismo:
De volta ao passado?
Painel 02 - Neoliberalismo:
Herança ou Revisão?
Painel 03 - Social-liberalismo:
Populismo ou Assistencialismo?
Painel 04 - Ruptura e Transformação:
Alternativa ou Ilusão?
Conselheiros Efetivos e Suplentes
do Corecon Bahia e Representantes do COFECON
Consultores
João Paulo de A. Magalhães
Reinaldo Gonçalves
Pedro Moreira Filho
Carlos Herval Laranjeira
Osmar Sepúlveda
Prof. Reinaldo Gonçalves – UFRJ
Prof. João Roberto Sansom – UFSC
Prof. Luiz Filgueiras - UFBA
Prof. Lívio Andrade Wanderley - UFBA
Conferência de Abertura
ECONOMIA BRASILEIRA
Trajetória de Continuidade ou Transformação?
Conferencista: Prof. João Paulo de Almeida Magalhães
Data: 11.09.06
Hora: 20:00 h
Dia 11.09.07 – Terça-Feira
14:00 h – Abertura da Secretaria
Credenciamento
Entrega de Material
14:30 h - Conselho Federal de Economia - Reunião Ampliada
19:00 h – Sessão Solene de Abertura
Entrega do título “Personalidade Econômica do Ano”
20: 00 h – Conferência de Abertura
21: 00 h - Coquetel
14: 00 - Apresentação de Trabalhos
15: 30 - Intervalo
16: 00 - Painel I
18: 00 - Intervalo
18: 30 - Painel II
14: 00 h – Apresentação de Trabalhos
Curso 3
Curso 4
15: 30 h - Intervalo
16: 00 h - Painel III
18: 00 h - Intervalo
18: 30 h - Painel IV
10:00h - Entrega de Certificados
11:00h - Sessão Plenária
12:00h - Encerramento
O quê muda na política cambial brasileira?
Muito tem se ouvido falar sobre a queda do dólar frente ao real. Nas conversas de botequins pode-se ver claramente a satisfação do cidadão frente a este novo cenário. A mídia bombardeia as pessoas com noticias sem dar aos fatos o devido tratamento para uma maior compreensão do que esta acontecendo no Brasil e no Mundo. Mas, porque o Dólar tem despencado e por que estamos comemorando este fato?
A queda do dólar pode ser considerada um ato planejado pelos EUA para conter o “boom” do mercado imobiliário e como resultado do déficit comercial americano. Com um dólar desvalorizado,não só frente ao real a todas as moedas do mundo, os investidores procuram novos mercados para investir e, existe no Brasil, uma serie de fatores positivos para injetar cada vez mais dinheiro.
A valorização do real esta atrelada à diminuição do risco oferecido pelo país no mercado mundial, aos altos índices de solidez e de confiabilidade e uma balança comercial favorável concretizada pelo Banco Central. O mercado interno tem se mostrado favorável a esta valorização da moeda e já tem se acostumado à moeda forte. Ao ser indagado sobre os efeitos da moeda americana desvalorizada, o Presidente do Banco Central, Henrique Meireles, disse instintivamente que “o BC tem metas com a inflação e não com o câmbio”.
Para o consumidor, o dólar em baixa tem um efeito positivo pois, a curto prazo, os preços tornam-se mais baixos. É importante ressaltar que, a longo prazo, os produtores nacionais têm seus rendimentos corroídos pois, com um produto importado mais barato, a preferência do consumidor será para estes produtos em detrimento ao produto nacional, o que força o preço do produto brasileiro para baixo.
Para a indústria, este é um momento decisivo pois, com o dólar baixo é possível automatizar toda a linha de produção desembolsando menos. Com automação é possível se atingir um grau maior de produção e de qualidade dos produtos aquecendo o mercado interno e externo. Para o produtor rural, o dólar em baixa também é favorável, até certo ponto, pois faz com que a divida do produtor rural, que é paga em dólar, seja corroída, fazendo com que o produtor pague menos. O ponto negativo para o produtor é que, estando baixo o dólar, os produtos agrícolas, que na sua maioria são cotados em dólar, sejam depreciados de forma substancial. Para a indústria, o dólar estando em baixa torna os produtos brasileiros menos competitivos no mercado internacional forçando o comércio interno dos produtos brasileiros. Como os produtos importados estão mais baratos, a indústria brasileira se vê obrigada a diminuir o preço reduzindo assim, o lucro e o ânimo da industria em produzir.
O consumidor tem sim, motivos para comemorar. O produtor rural, que gera emprego às pessoas menos especializadas, ainda não decidiu se comemora ou chora. A indústria, que perde competitividade no mercado internacional, com certeza, chora. Este circulo virtuoso que no qual esta inserido o Brasil, é vital para a consolidação do país no mercado mundial como uma nação forte mas, é preciso tomar muito cuidado para que o pais não entre num círculo vicioso ou em uma grande bola de neve.
Edílson Gonçalves de Aguiais
Ciências Econômicas 3º Período
EXPO MONEY - 2007
Será uma grande oportunidade para investidores de todos os níveis e formadores de opinião buscarem novas alternativas para fazer o dinheiro trabalhar em seu proveito. Uma excelente oportunidade para assistir palestras gratuitamente, conhecer as melhores aplicações e participar de experiências práticas.
27 e 28 de Junho das 13:00 às 21:00
BLUE TREE PARK HOTEL
SHTN - Trecho 01 Lote 1B - Bloco C - Brasília -DF
Maiores detalhes acessar o seguinte site: www.expomoney.com.br/bra2007/
Dilemas do Capitalismo Brasileiro: Qual o caminho percorrer entre a nação e a barbárie?
Desde o descobrimento do Brasil pela Coroa Lusitana, o país sempre foi visto como uma empresa mercantil pelos Donos do Poder, os quais carreavam o excedente gerado no país para os principais centros do capitalismo mundial sufocando, portanto o dinamismo do processo de acumulação de capital que foi responsável, no caso das nações desenvolvidas, pela constituição dos alicerces de uma nação enraizada em uma homogeneidade econômica e social.
Neste sentido, a formação econômica e social brasileira foi tecida e construída, ao longo dos Ciclos do Pau Brasil, Açúcar, Ouro, Borracha e Café, em uma estrutura heterogênea que se esgarçou ainda mais com a penetração do progresso técnico proporcionado pela industrialização que se materializou no Brasil a partir da crise do final dos anos 20 do século XX.
No entanto, esta estrutura econômica e social foi condicionada pelo pacto de poder político conservador que foi tecido e enraizado pelos Donos do Poder nos centros de decisões do Estado Nacional, os quais foram responsáveis por ditar o rumo e o ritmo do desenvolvimento econômico e social do Brasil. Neste sentido, mesmo apresentando tensões e divergências intestinas na esfera política, os representantes conservadores da elite nacional atravessaram os séculos da história brasileira sem causar profundas transformações no arranjo político.
Mesmo em momentos de tesão entre as classes sociais, como o exemplo de 1930, quando houve uma Revolução Burguesa Nacional, ainda assim, os pactos tecidos na esfera política cristalizaram uma sociedade que se moldou em uma modernização conservadora, ou seja, modernizou economicamente, mas o poder de decisão político manteve-se entre segmentos conservadores da burguesia nascente e antigos proprietários rurais.
Por sua vez, a construção e desenho do capitalismo brasileiro que nasceu do parto da Revolução Burguesa criaram um sistema econômico que ficou marcado por relações de dependência entre a burguesia internacional e a burguesia nacional, a qual não teve forças econômicas suficientes para comandar autonomamente o seu projeto de nação.
Logo, a sociedade nascida deste arranjo político entre as burguesias nacional e internacional cristalizou um capitalismo dependente, o qual foi marcado pela construção de uma sociedade autocrática, na qual somente uma partícula de segmentos sociais dominantes concentrou parcela significativa da renda e patrimônio criados por milhões de brasileiros.
Desta forma, o processo de modernização da economia brasileira que aconteceu pela introdução do progresso técnico, o qual foi difundido a partir dos principais centros do capitalismo mundial, ampliou ainda mais as diferenças estruturais da economia brasileira, aprofundando, assim, o subdesenvolvimento nacional. Este subdesenvolvimento amplificou o fosso que existia entre os setores econômicos; entre as regiões brasileiras e entre as classes sociais favorecendo, deste modo, para a materialização de uma sociedade crivada por fortes heterogeneidades em sua estrutura econômica e social.
É no bojo deste capitalismo dependente que os Donos do Poder ampliaram a exploração dos trabalhadores para expandirem o seu excedente econômico, o qual era compartilhado com a burguesia internacional. Isto aconteceu, porque a burguesia nacional não teve forças e capitais suficientes para construir um projeto hegemônico de nação dependendo, assim, dos capitais internacionais para avançar em seu processo de modernização conservadora da sociedade e economia nacional.
Logo, parcelas crescentes de trabalhadores e pequenos produtores rurais foram lançados para a marginalidade do sistema econômico brasileiro em decorrência do fracasso da burguesia nacional em promover uma revolução burguesa clássica que a libertasse dos grilhões que lhe prendiam ao pacto conservador tecido e orquestrado no interior do Estado Nacional. Deste modo, estes trabalhadores e proprietários rurais que foram desapropriados do seu meio de produção e foram viver como rebotalhos nas periferias dos principais centros urbanos do Brasil.
Todavia, no pólo oposto da pirâmide social, encontra-se uma minoria que cada vez mais se delicia dos prazeres proporcionados pelo capitalismo dependente, pois conseguiram se inserir no padrão de consumo dos países centrais usufruindo, deste modo, dos prazeres proporcionados pelos mercados criados nas sociedades capitalistas avançadas.
Entretanto, o esgarçamento do tecido social tornou-se mais acentuado no Brasil, a partir dos anos 90 do século XX, quando os Donos do Poder desenharam uma estratégia de inserção da economia nacional no capitalismo mundial alegando que o Brasil não poderia excluir-se das maravilhas proporcionadas pela globalização dos mercados produtivos e financeiros.
Não obstante, esta estratégia de internacionalização da economia brasileira acabou ampliando o fosso existente entre as classes sociais e lançando uma grande massa de trabalhadores para a margem do sistema econômico, ao passo que uma pequena minoria continua internacionalizada e tendo acesso os principais centros de consumo do capitalismo mundial. Por tudo isto, o projeto de construção de um projeto de nação por mais uma vez foi adiado pelos Donos do Poder, mas cada dia percebe-se que o país caminha rumo à barbárie, pois poucos são donos de muito e muitos são dono de muito pouco.
Prof. Murilo José de Souza Pires - Coordenador do Curso de Ciências Econômicas.